Luís Bacchi começou no cinema ainda adolescente. Aos 15 anos, dirigiu seu primeiro filme em película – um média-metragem em que também escreveu o roteiro, editou e atuou. Entre os 15 e os 18 anos, realizou uma sequência de curtas-metragens, como "Feitiço", "Mutação Sem Tempo" e "Alienação", premiados em festivais nacionais e exibidos em mostras, jornadas, universidades, televisão aberta (TV Cultura, Rede Bandeirantes) e eventos culturais especiais, incluindo a Bienal Internacional de São Paulo e sessões ligadas a grandes shows de música no Teatro Bandeirantes.
Ele não trabalhou na Companhia Cinematográfica Vera Cruz, que encerrou as atividades antes de seu nascimento, mas entrou muito cedo em sets onde ainda atuavam técnicos e artistas que tinham vivenciado aquela experiência. Esses profissionais, formados na época dos grandes estúdios paulistas e influenciados por técnicos europeus, traziam um modo de fazer cinema que unia rigor técnico e visão de conjunto.
Em um período em que as poucas vagas eram ocupadas principalmente por veteranos, raríssimos jovens tiveram a chance de aprender diretamente com essa geração – [Nome] foi um deles. Em vez de se limitar a uma função, acompanhou de perto direção, assistência de direção, som, fotografia, montagem, produção e direção de atores. Essa formação ampla é a base do olhar que leva hoje tanto para seus filmes quanto para o trabalho de ensino e consultoria.
A repercussão dos curtas e essa formação em set chamaram atenção de cineastas e críticos. Aos 18 anos, Luís Bacchi foi convidado pelo diretor Walter Hugo Khouri para ser seu 1º Assistente de Direção em longas-metragens, participando da realização de filmes ao lado de grandes técnicos e de um elenco de atores e atrizes consagrados do cinema brasileiro.
Aos 21 anos, recebeu do governo federal o registro oficial de Artista, em reconhecimento ao conjunto de trabalhos realizados entre os 15 e os 20 anos e à repercussão dos filmes e prêmios conquistados.
Em seguida, afastou-se temporariamente da área artística para cursar Administração na PUC e atuar no mercado de capitais, com foco no mercado de futuros. Anos depois, voltou ao audiovisual dirigindo novos curtas em 35 mm, como Surto, Paranóia, Feliz Aniversário e Remake, selecionados para festivais nacionais, mostras e jornadas, e representando o Brasil em festivais internacionais na Itália, em Cuba e em outros países.
Paralelamente às produções, desenvolveu um método próprio de ensino baseado nessa experiência de set “completa”, ministrando cursos práticos em áreas como direção, produção, fotografia, som, montagem, direção de atores, interpretação para câmera e roteiro. Seus cursos formaram jovens profissionais que ingressaram em diferentes áreas do cinema e da TV, e sua consultoria para atores ajudou iniciantes e profissionais a se preparar para o trabalho em frente às câmeras, com alguns ex-alunos se destacando em novelas e outras produções televisivas.
Ao longo da trajetória, também participou de movimentos da classe cinematográfica em busca de políticas públicas para o audiovisual, atuou em entidades da categoria, congressos e grupos de trabalho. Hoje, prepara novos projetos de filmes e séries para TV e plataformas de streaming, voltados tanto ao mercado brasileiro quanto ao internacional.